Limnologia e comunidades aquáticas
COMO FUNCIONA
A água é um dos recursos naturais renováveis mais importantes atualmente. Sua preservação é de extrema importância em processos de licenciamento, garantido a qualidade da mesma para usos múltiplos. Para tal, podem ser utilizadas diversas abordagens.
Fitoplâncton
O fitoplâncton é um conjunto de organismos microscópicos que vivem em ambientes aquáticos, como oceanos, lagos e rios, e realizam a fotossíntese, assim como as plantas terrestres. Entre os principais tipos de fitoplâncton, estão as diatomáceas, os dinoflagelados e as cianobactérias. São importantes na produção primária, na produção de oxigênio, na ciclagem de carbono e atuando como indicadores de qualidade de água. A formação de blooms de algas pode indicar desequilíbrio na qualidade da água. Desta forma, o fitoplâncton é essencial para o equilíbrio ecológico dos ambientes aquáticos.
Zooplâncton
O zooplâncton é um grupo de organismos aquáticos que flutuam passivamente ou têm mobilidade limitada em corpos de água, como oceanos, lagos e rios. O zooplâncton é composto por uma grande variedade de organismos e apresentem importância ecológica, sendo base da cadeia alimentar, ciclando nutrientes, regulando populações fitoplanctônicas e indicando mudanças ambientais. O zooplâncton é vital para a saúde e o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos, sustentando a vida de muitas espécies e contribuindo para a estabilidade ecológica.
Fauna Bentônica
Os macroinvertebrados bentônicos vivem no substrato de corpos d’água, como rios e lagos. Incluem uma variedade de grupos, como insetos aquáticos, moluscos, e crustáceos. Atuam como indicadores de qualidade da água, respondendo à poluição ou alterações no habitat; são parte da cadeia alimentar aquática, servindo de alimento para peixes e outros animais aquáticos; desempenham papel importante na ciclagem de nutrientes e na decomposição de matéria orgânica; estruturam habitat, criando estruturas que alteram o ambiente ao seu redor, como casulos ou tocas. São organismos essenciais para a saúde e funcionamento dos ecossistemas aquáticos e são ferramentas valiosas para monitoramento ambiental e pesquisa científica.
Macrófitas
Macrófitas são plantas aquáticas que habitam ambientes, como lagos, rios, pântanos e áreas alagadas. Essas plantas podem viver submersas, parcialmente submersas ou emersa (acima da água). São importantes para oferecer abrigo e habitat a várias espécies aquáticas (invertebrados, peixes e anfíbios), atuam na qualidade da água, são importantes para a ciclagem de nutrientes, contribuem para a redução da erosão, controle da temperatura da água, além de atuar na produção primária dos organismos aquáticos, filtragem de poluentes, suporte à biodiversidade e manutenção da qualidade do habitat aquático. As macrófitas são essenciais nos ecossistemas aquáticos, promovendo a estabilidade dos ambientes aquáticos e outros benefícios ecológicos e ambientais.
Índice de Vida Aquática (IVA)
O IVA visa avaliar a qualidade das águas sendo utilizado para proteção da flora e fauna aquáticas. Este índice leva em conta a presença e concentração de contaminantes e quais efeitos estes podem ter sobre organismos aquáticos (toxicidade), além das variáveis pH e oxigênio, consideradas vitais para a biota. Essas variáveis são agrupadas no Índice de Parâmetros Mínimos para a Preservação da Vida Aquática (IPMCA), analisada em conjunto com o índice de estado trófico. Sendo assim, o IVA fornece dados sobre a qualidade da água e o estado trófico da mesma.
Índice de Estado Trófico (IET)
O Índice de Estado Trófico (IET) objetiva classificar os corpos d’água em diferentes graus de trofia (produtividade primária) e relaciona o grau de trofia com o crescimento excessivo de algas ou infestação de macrófitas. Este índice se baseia nos valores de fósforo total e pode classificar os corpos d’água de Ultraoligotrófico, água limpas com produtividade muito baixa a Hipereutrófico, com águas com altas concentrações de fósforo e episódios de florações de algas.
Resolução CONAMA 357
A resolução Conama 357 classifica os corpos de água e as diretrizes ambientais para o seu enquadramento. Além disso, visa estabelecer as condições e padrões de lançamento de efluentes. Através de uma série de parâmetros analisados, classifica os corpos d’água em ambientes (lêntico, lótico), tipo de água (doces, salobras e marinhas), além de outras classificações. As classes vão de especial a classe 3, de acordo com os parâmetros avaliados.
CONFIRA AS IMAGENS DO NOSSO TRABALHO


